SIAT – Gravidez Segura

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ZIKA VÍRUS

Informações para gestantes
e para as que planejam gestação

A embriopatia pelo zika virus foi descrita muito recentemente a partir dos casos de microcefalia observados no Brasil nos últimos meses. Ainda não se sabe qual a história natural da doença e da fisiopatogenia da embriopatia, assim como qual o período de risco na gestação. Também não sabemos se a imunidade adquirida é permanente, e nem quais são os fatores de risco para desenvolver tanto a doença quanto para a infecção fetal.

Ainda não há vacina disponível contra o zika vírus. A prevenção é realizada através do uso de repelentes e evitando áreas sabidamente endêmicas. Outras recomendações gerais incluem: uso de telas protetoras nas portas e janelas, intensificar as ações de controle do Aedes aegypti (principalmente a eliminação de criadouros do vetor), proteger-se das picadas de insetos durante a gestação.

Como ainda não se sabe precisamente quais os períodos mais críticos para a embriopatia por zika vírus e há descrição de alterações de SNC em fetos expostos a zika no segundo trimestre de gestação, recomenda-se a continuidade das medidas de prevenção até o final da gestação.

É importante lembrar que todo o conhecimento a respeito do assunto está sendo produzido em tempo real e as informações estão sendo atualizadas a todo momento.

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA – Leia aqui.

Sobre o uso de repelentes na gestação

Dietiltoluamida (DEET): o DEET é um comum repelente sintético de insetos, presente em inúmeras versões comerciais como uso tópico. É absorvido sistemicamente após uso tópico em quantidades variando de 6% a 8% dependendo da dose.

Um estudo realizado na Tailândia avaliou o desfecho de algumas gestações nas quais ocorreu o uso de repelente contendo DEET durante o segundo e terceiro trimestres. Foi demonstrada a passagem de DEET para o feto em 8% das 50 mulheres estudadas, no entanto, não houve nenhum efeito na sobrevivência, crescimento ou desenvolvimento dos bebês, tanto no nascimento quanto um ano após.

De acordo com a EPA (Agência de proteção do ambiente dos Estados Unidos da América) o DEET é classificado como levemente tóxico, não havendo problemas com seu uso de acordo com as instruções encontradas nas embalagens dos produtos. Também não é classificado como carcinogênico.

Devido à toxicidade deste agente em doses elevadas e as poucas informações disponíveis, é recomendável para mulheres grávidas o uso de uma pequena quantidade e somente em áreas expostas aos insetos. A exposição pode ser minimizada pelo uso de roupas compridas, com menor exposição da pele, e aplicação deste agente apenas na pele exposta ou só no vestuário.

Picaridina (KBR 3023 ou Icaridina): Outro repelente sintético derivado da pimenta e desenvolvido na década de 1980. Tem ação sobre os mosquitos transmissores da malária, dengue e febre amarela. Em contraste ao DEET, a picaridina não dissolve plástico e outros materiais sintéticos e é biodegradável.

USO DE REPELENTES NA GESTAÇÃO – INFORMAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – Leia aqui.

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA – 09/12/2015 – Leia aqui.

Links de interesse

O SIAT e a possível associação entre zika vírus e microcefalia no Brasil

27/01/2016 – Entrevista da professora Lavínia, coordenadora do SIAT, para a Radio Guaíba. – Ouça aqui.

23/01/2016 – Entrevista ao Telessaúde RS sobre dúvidas e questões sobre a infecção por zika na gravidez. – Assista aqui.

22/01/2016 – Artigo publicado com participação do SIAT, com série de casos de microcefalia no Brasil (Em inglês). – Leia aqui.

Comunicados oficiais do Ministério da Saúde

10/03/2016 – Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central (SNC). – Leia aqui.

27/12/2015 – Boletim do Ministério da Saúde, atualizando sobre o número de casos de microcefalia em investigação no Brasil. – Leia aqui.

26/12/2015 – Novo boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia e zika no país. – Leia aqui.

15/12/2015 – Novo boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia e zika no país. Até agora 135 casos confirmados e 104 excluídos, mas mais de 2.000 recentemente notificados e em investigação. Clique aqui para ver os detalhes por estado. 

09/12/2015 – Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Zika Vírus. – Leia aqui. 

07/12/2015 – Broadside sobre Microcefalia – Versão 2 – Leia aqui.

07/12/2015 – Nota sobre medida do perímetro cefálico para diagnóstico de microcefalia. – Leia aqui.

28/11/2015 (alterado em 01/12/2015) – Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e microcefalia. – Leia aqui.

01/12/2015 – Alerta epidemiológico da Organização Mundial da Saúde sobre a relação entre o vírus Zika e teratogênese (Em inglês). – Leia aqui.

Outros links

Organização Panamericana de Saúde (OPAS) – Zika e gravidez: tire dúvidas sobre a relação entre o vírus e a microcefalia em recém-nascidos 14/01/2016). – Leia aqui.

Informations about zika virus infection in pregnancy in English

Center for Disease Control and Prevention (CDC) – Zika Virus. – Read here.

Zika virus (Date of issue: December 2015. Version: 1). – Read here.

Zika virus Health protection – guidance. – Read here.